FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS TRAUMÁTICAS

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As fístulas arteriovenosas traumáticas, em geral são decorrentes de lesão penetrante que promove laceração tanto da artéria como da veia, causando comunicação entre ambas. Dependendo do tamanho desta comunicação há maior ou menor desvio de sangue do sistema arterial de alta pressão para o sistema venoso de baixa pressão, o que causa queda da pressão arterial sistêmica e sobrecarga volêmica venosa.
A queda da pressão arterial sistêmica promove estímulo aos receptores aórticos e carotídeos causando aumento da produção de catecolaminas, que acarretam em aumento da freqüência cardíaca. Promove também ativação do sistema renina-angiotensina causando retenção de sódio e água, aumentando o volume plasmático. A sobrecarga volêmica venosa causa estiramento da câmaras cardíacas que, através do mecanismo de Frank-Starling, acarreta em aumento do débito cardíaco.
Há o desenvolvimento de circulação colateral arterial, principalmente devido ao gradiente pressórico proximal e distalmente a fístula. Quanto a circulação colateral venosa, esta se desenvolve para acomodar o excessivo volume que é transferido a esta através da fístula. Na semiologia vascular destes pacientes, a compressão da fístula ou da artéria proximal pode provocar aumento da pressão arterial sistêmica, o chamado sinal de Gundermann. Esta compressão também pode causar queda da freqüência cardíaca, o sinal de Nicoladoni-Branham. (Fonte: Livro Perguntas e Respostas Comentadas de de Cirurgia Vascular – Belczak. Editora Rubio, 2012).
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Imagens fluoroscópicas de procedimento de tratamento de fístula arteriovenosa traumática de artéria fibular com o implante de stent revestido. Este e diversos outros casos do Instituto Belczak pode ser acompanhados pelos alunos do Curso de Aprimoramento em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular – IAPACE.
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Equipe: Dr Sergio Belczak, Dr Gustavo Bosquê e Amanda Bonfim.

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