Quando a recanalização anterógrada falha, lançamos mão inicialmente de um segundo acesso ao sistema arterial do membro a ser tratado, mas desta vez retrógado, em dois locais:
� – Poplítea distal, através de punção guiada por radioscopia ou ultrassonografia ou dissecção.
� – Dorsal do pé, através de dissecção e isolamento da mesma, seguidos de punção sob visão direta com kit de micropunção com duas cânulas coaxiais de calibre crescente, que permitem a punção inicial com agulha de 21G e fio-guia de 0,018, segui- do de troca para sistema de 0,035mm.
Após esse acesso retrógrado pelo lúmen verdadeiro da artéria, avançamos um cateter hidrofílico de 4Fr e guia hidrofílico de 0,035 até o ponto de cruzamento com o guia proveniente do sentido anterógrado contralateral. Em geral, nesse ponto conseguimos fazer a transposição da camada íntima e comunicar os dois lúmens arteriais. Nesse momento, dois caminhos são possíveis: avançar o guia retrógrado e cateterizar a bainha contralateral, até que um acesso through and through seja efetivado; ou avançar anterogradamente o guia e o cateter iniciais até o lúmen verdadeiro distal, segmento final da angioplastia, geralmente no território poplíteo. Fonte: Livro Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia – Belczak. Editora Rubio, 2016.
Imagens fluoroscópicas de tratamento de angioplastia femoral por recanalização retrógrada. Este e diversos outros casos do Instituto Belczak podem ser acompanhados pelos alunos do Curso de Aprimoramento em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular – IAPACE 2017.
Equipe: Dr Sergio Belczak, Dr Marcelo Stacanelli e Amanda Bonfim
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